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Retinopatia Hipertensiva: o que é

Quando lemos a palavra “hipertensiva” logo a associamos com a pressão arterial, neste caso, alta. Mas o que a pressão arterial tem a ver com a nossa saúde ocular?

É o que iremos explicar no artigo de hoje, confira:

Uma pesquisa feita em 2021, pela SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), apontou que 30% da população brasileira sofre de hipertensão. É uma doença crônica caracterizada pelo alto nível de pressão sanguínea nas artérias que acomete coração, cérebro, olhos e pode até causar paralisação dos rins.

Mas afinal, o que é retinopatia hipertensiva?

Como o próprio nome nos sugere, ela ocorre na retina devido ao aumento da pressão arterial dos vasos sanguíneos, responsáveis por irrigar e drenar a retina. Isso acontece porque com o aumento da pressão, os vasos da retina têm um aumento expressivo que atrapalha o fluxo sanguíneo na região, ocasionando uma atrofia da vascularização da área.

Esse aumento da pressão arterial pode causar consequências severas à saúde visual, como descolamento de retina, hemorragia vítrea, oclusão venosa da retina (obstrução de veias que irrigam a retina), catarata e até o glaucoma. A retinopatia hipertensiva pode se manifestar de duas maneiras: a forma crônica (decorrente da elevação persistente da pressão arterial sistêmica) e aguda (secundária à elevação súbita da pressão arterial).

  • Retinopatia hipertensiva crônica: assintomática, ela surge em pessoas que possuem hipertensão crônica. É mais rara, mas pode aparecer e ocasionar hemorragias na retina, microaneurismas e oclusão vascular.
  • Retinopatia hipertensiva aguda: está associada à elevação súbita da pressão arterial (valores de tensão sistólica superiores a 200mmHg e valores de tensão diastólica acima de 140mmHg). A hipertensão aguda é mais propensa de trazer danos à visão, ao coração, ao cérebro e aos rins.

A retinopatia hipertensiva possui um grau de início (zero) e outros quatro graus, que são assim classificados:

  • Grau 0: Sem alterações na retina.
  • Grau 1: Estreitamento mínimo dos vasos sanguíneos da retina.
  • Grau 2: Estreitamento significativo, além de irregularidades focais.
  • Grau 3: Acontece uma hemorragia, além de exsudatos, gorduras e proteínas que se depositam em placas na região ocular.
  • Grau 4: Além das manifestações apresentadas, há a formação de edema na pupila, grau que pode gerar outras condições, como descolamento de retina e glaucoma.

Em seu estágio inicial a retinopatia hipertensiva, não apresenta sintomas, o que acaba dificultando seu diagnóstico, já que sua manifestação ocular é silenciosa. Em estágios onde a doença possa estar mais avançada ela pode causar visão turva, cefaleia, fotofobia (sensibilidade à luz) e perda da acuidade visual.

Para confirmar o diagnóstico é necessário fazer um exame chamado “exame de fundo de olho” ou “fundoscopia”, que é um exame em que o oftalmologista analisa toda a estrutura da retina e o fundo dos olhos, com um aparelho chamado OFTALMOSCÓPIO, que tem como objetivo detectar alterações nessa região que possam prejudicar a visão do paciente.

O tratamento da Retinopatia Hipertensiva depende do estágio de evolução da doença. Por vezes é necessário controlar as complicações geradas pelo agravamento da retinopatia. De maneira geral, o tratamento é feito com o controle da pressão arterial, e monitoramento de comorbidades que podem potencializar os malefícios da pressão alta, como diabetes, a obesidade e o tabagismo. Além disso, pode ser controlada através de fotocoagulação a laser. Se a doença estiver em um grau mais elevado, de maneira que não seja mais possível de ser “tratada”, pode ser necessária a cirurgia de vitrectomia posterior (isso tudo vai depender do diagnóstico e conduta do seu médico, procure sempre um profissional qualificado).

Fotocoagulação a laser: procedimento que é capaz de cauterizar os vasos sanguíneos, impedindo uma hemorragia.

Cirurgia de vitrectomia posterior:  tem como objetivo a remoção de parte ou da totalidade do humor vítreo do olho, onde ocorre a troca do humor vítreo por uma solução aquosa, fazendo com que a pressão no olho diminua

Por ser uma doença silenciosa é muito importante que prevenções sejam seguidas.

Separamos algumas pra você:

  • se você já faz controle de pressão arterial, tome seus remédios corretamente;
  • faça exercícios regularmente;
  • mantenha uma dieta saudável e balanceada;
  • evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas;
  • mantenha o seu check-up anual em dia.

A retinopatia hipertensiva não possui cura, mas como falamos anteriormente, existem formas de precaver e tratar a doença.

Invista seu tempo e cuidado na sua saúde.

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